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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Eu gosto (uso raramente o verbo amar; sou tímido e usá-lo me deixa pouco à vontade) do Rio de Janeiro, afinal, nasci e permaneci por lá entre 1966 e 2006. Em agosto de 2006, me transferi para outra cidade, Bremen. Uma cidade estado no norte da Alemanha, próxima a Hamburgo. Gostei muitos dos três anos passados na Alemanha, mas meu objetivo nunca foi residir de forma definitiva na Europa.
Ao retornar ao Brasil, passei pouco mais de ano no Rio e fui para Brasília. Residi por três anos na capital do nosso país. Sinceramente, me perdoem os brasilienses, não sinto falta da cidade. Tenho carinho por algumas pessoas do distrito federal. Como diz o antigo ditado “conto nos dedos de uma mão”. A cidade não é ruim, apenas não foi minha praia.
Após Brasília, retornei ao Rio e há 7 anos estou em Campinas. Aprecio a vida aqui. Sinto certo incomodo quando vou ao Rio. Acho que é o calor. Reconheço que a ausência de uma casa, que possa ser considerada minha, contribui muito para isso. Minha casa agora é no interior de São Paulo.
Meus queridos três leitores sabem como sou e, no meio dessa história, me lembrei de dois outros assuntos: como monto meus pensamentos (caóticos boa parte do tempo) e quando nos sentimos em casa?
Primeiro, em uma analogia despretensiosa, vocês já leram Scheherazade? Se não leram, recomendo fortemente. A única outra sugestão que faço é que o livro seja lido de uma vez só, mesmo que seja um pouco por dia. As histórias são formadas por diversos personagens e qualquer distração é fatal para a boa leitura. Acredito que assim seja a minha mente. Um entrelaçamento, que possui certo caminho encadeado. Contudo, há grande chance de somente fazer sentido para mim. E falando do livro, me lembrei da peça musical.
Há instantes em que vejo a grandeza da inspiração e isso se concretiza ao ouvir Scheherazade de Rimsky-Korsakov. Aliás, enquanto escrevo, “rola” Scheherazade aqui. O que imagino é, será que tudo foi feito intencionalmente por R.-K.? O cabuncro, de fato, estava possuído! E acreditem, todo esse parágrafo nada tem haver com o final desta postagem!  Se eu conseguir terminá-la com algum sentido. Ai caramba!!!
Retomando, e quando nos sentimos em casa? Lembrei dessa pergunta ao lembrar de Bremen. Meus primeiros seis meses na Alemanha foram passados em Bremen. E, no Goethe Institut, em uma das aulas (havia muita conversa, afinal, a intenção era nos capacitar no idioma) a professora Gabi nos perguntou: Quando nos sentíamos em casa. Não me lembro da resposta de meus colegas. Éramos de diversos países e batíamos cabeça para nos entendermos. Lembro que meu colega de Zâmbia, Cephas, utilizava com freqüência a expressão “blá, blá, blá...” para se comunicar. Após algum tempo, todos nós éramos proficientes no blá, blá, blá... a dureza era o alemão! Resumindo leitores, uma zona! Mas, retornando ao nosso “issue”... quando me sinto em casa? Tudo isso para lhes dizer: me sinto em casa quando mudo os canais da TV sem dar nenhuma satisfação.
Eu lhes disse que não era o final da postagem...Tudo isso começou porque eu me lembrei das áreas verdes de Bremen. Se você não acredita em mim, olhe a cidade do alto. O Google Earth te permite a viagem. A seguir, visite uma cidade brasileira com o mesmo número de habitantes ou sobrevoe Campinas.
Infelizmente, como disse em outra postagem, não posso divulgar artigos completos publicados em alguns periódicos. O FBI está solto e a eleição norte-americana se aproxima, portanto, o governo estado-unidense precisa mostrar trabalho! E, dificilmente, um dos meus três leitores iria me levar sorvete de “trufa caramelizada” da Sergel (acho que só há em Campinas) na cadeia. E esclareço, o nome do sorvete é ninho trufado, entretanto, eu gosto de dar nome as coisas que gosto. Um dia eu explico o motivo; não será hoje ou a postagem não termina.
Liang Chen e Edward Ng publicaram recentemente o artigo “Outdoor thermal comfort and outdoor activities: A review of research in the past decade” (Cities, 2012, v. 29, n. 2: 77-154).  As considerações dos autores deveriam ser objeto de reflexão pela administração pública. As implicações não são apenas ambientais, pois há um subseqüente conjunto de condições com implicações sociais e econômicas.
Para aqueles que não têm acesso ao artigo, sugiro solicitarem uma cópia aos autores.