Bom dia Leitor,
Há algum tempo tenho tentado encontrar respostas para algumas questões que me parecem relevantes. Vou citar três aqui:
(1) O que acontece após a morte caso não haja Deus? Isso pode parecer simples e uma pergunta recorrente, mas vocês já conseguiram imaginar o escuro total para sempre? Me refiro especificamente ao conhecimento do nada pela eternidade. Feche seus olhos e tente fazer isso. Quanto tempo você conseguiu manter o nada em sua mente? Você consegue visualizar o vazio e a escuridão infinita?
(2) O que é sucesso? Outra questão simples? Para mim não. E sucesso aqui não é sinônimo de felicidade, apesar de haver uma determinada ligação umbilical ou, no mínimo, uma interseção. A definição de felicidade ainda não me tentou o suficiente para que eu pensase sobre ela.
(3) O que é a inteligência humana? Provavelmente, desde que conseguiu formular a oralidade e a escrita o Homo sapiens promove debates sobre essa definição. Em 1094, Charles Spearman, pesquisador inglês, publicou um artigo sobre a determinação objetiva e mensurável da inteligência, portanto, essa discussão é travada há mais de cem anos. Para Hernández-Orallo & Dowe (2010), a definição de inteligência é relativamente simples: “inteligência é aquilo que é medido pelos testes de inteligência”.
A minha definição de inteligência é a capacidade de indivíduo alterar um cenário negativo a seu favor, não importa quando ou onde, em um ínfimo intervalo de tempo. Transformar uma situação adversa em vantagem. Escolher o mais vantajoso para si, muitas vezes, sem tempo para analisar em detalhes uma determinada situação apresentada. Portanto, a inteligência carrega um caráter temporal. Não há indivíduos inteligentes, mas existem indivíduos que estão inteligentes.
Hernandez-Orallo, J. and D. L. Dowe (2010). "Measuring universal intelligence: Towards an anytime intelligence test." Artificial Intelligence 174(18): 1508-1539.
Sperman, C. (1904) American Journal of Psychology, 15(2): 201-292