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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Boa tarde Leitor,

Vou começar com uma observação...
A postagem era para ter sido concluída no final de semana. Metade foi feita na sexta, outra metade...infelizmente, somente hoje, segunda. Que posso fazer, avisei que sou preguiçoso, mas não mentiroso! Finalmente, vou falar sobre os protetores...então, lá vamos nós.
Para minha alegria, consegui meu quarto leitor! Iça moréia! E não me perguntem o que quer dizer "iça moréia". É algo velho, do meu tempo de adolescente no suburbio do Rio de Janeiro. É a expressão de uma boa surpresa, eu diria. Novamente, eu rio! Aí meu cucuruco, que se perde nas idéias, pois o assunto da postagem é protetor e acabou de vir algo novo em minha mente. Após me lembrar da "iça moréia", lembrei que preparo uma "árvore genealógica" dos locais onde morei. Só não me lembro da maternidade. Em breve, ela estará pronta e a disponibilizo aqui, mesmo não sendo este uma ferramenta de narração do meu cotidiano. Se um dia eu me tornar alguém famoso, deixarei este simples instrumento para os historiadores! rs...
Pode parecer confuso para o leitor, pois não escrevo para ser claro. Entretanto, não desejo ser confuso a ninguém. Sou grato ao encontrar precisão nas palavras. Aliás, conversei isso rapidamente com uma das minhas leitoras na sexta-feira. Por respeito a postagem, não irei mudar nada do que foi escrito na sexta. Acrescentei estes primeiros palágrafos e irei terminar o texto. Portanto, o miolo é de um passado não muito distante.
Então, vamos ao que interessa...primeira parte (sexta feira, 3 de fevereiro de 2012).
Conhecimento é uma dureza! O volume de informação disponível nas editoras on line é imenso (Elsevier, Springer, Blackwell, Taylor , Wallace Foundation etc). Em algum momento, farei um relato sobre isto, pois para os não acadêmicos, pode ser interessante.
Eu havia comentado que o objetivo do blog não é ser um diário, muito menos fazer terapia de grupo de forma gratuita. Eu estou rindo sozinho, pois ao começar a falar em terapia, me lembrei de outro assunto; como sempre começo a escrever sobre uma coisa e vou parar em outra!. Eu fiz terapia por uns dois anos aproximadamente. Aparentemente, não adiantou muito...rss... O mais engraçado disso é que a terapeuta me abandonou! Isso já aconteceu com vocês? Até onde eu sei, dois de meus três leitores fazem terapia regularmente e não foram abandonados...rs...Uma inclusive faz parte por telefone! Existe algo mais "fashion", que terapia por telefone? Acredito que só pelo skype, MSN ou e-mail.
Um dia, no tradicional dia da terapia, fui informado de sua gravidez.  Evidentemente, eu nada tinha haver com isso e caso ela não me informasse diretamente do “problema” eu iria continuar com a crença de que sua condição não havia sido alterada. Portanto, barrigas enormes de terapeutas, para mim, não representam gravidez. Poderia ser um verme do tamanho de uma jibóia! E, conclusões rápidas sempre nos levam ao caos.
Após a apresentação da novidade, ela me disse:
“André vou te atender até uma data próxima ao parto. Como retorno após dois ou três meses, não irei te repassar para outro terapeuta."
Segundo ela, meu caso não era grave. Até hoje, depois de mais de um ano, ela não me chamou para retornarmos nossa "querela". O mais engraçado é que ela me evitou...rs...encontrei-a em um shopping e ela não me cumprimentou. Agora, meus três leitores, imaginem o que ela faria caso eu fosse um caso grave? rs
Ai André, volta ao assunto!
Se pareço supérfluo nos assuntos, não é proposital. Apenas o blog não possui um foco certeiro. Além disso, eu tinha a intenção de atualizar apenas nas quartas-feiras à noite. Fato que sabemos ser uma mentira. Temos quadrinhos, samba, ciência, música, tecnologia etc. Por isso eu gosto de citar e recomendar referências, links etc. Se o leitor desejar, pode aprofundar-se em um determinado tema. Ele faz uma auto-delimitação.
Eu havia comentado anteriormente que iria trazer algumas informações sobre filtro solar. Eles estão na moda, cada vez mais “potentes” (fator de proteção 30, 45, 60 etc) e também mais caros. Uma variedade de produtos tem sido disponibilizados para os consumidores.  Em 2007, pesquisadores italianos, da Universidade de Pavia, realizaram um detalhado estudo sobre o tema. O estudo foi publicado no periódico Inorganica Chimica Acta em 2007. Serpone, Dondi e Albini compararam os agentes ativos encontrados nos protetores; não me refiro a marcas. Como o artigo não é disponibilizado de forma gratuita na internet e o assunto é importante para o dia a dias das pessoas, tentarei fazer uma maior análise do artigo, sem prejudicar os direitos autorais das editoras.
 Segunda parte (segunda-feira, 06 de fevereiro de 2012).
De maneira geral, os protetores possuem agentes (1) químicos, feitos a base de compostos orgânicos ou (2) físicos, os quais possuem algum tipo de metal pesado na composição, como por exemplo dióxido de titânio. Provavelmente, poucas pessoas repararam que passam titânio na pele. Entretanto, como agente mutagênio seria necessário que o titânio fosse absorvido pela pele e, em especial, tivesse contato com o DNA celular. Contudo, há estudos que mostram que os agentes presentes nos protetores também podem causar severas alterações metabólicas.
Os orgânicos, por sua vez, possuem menor estabilidade, perdendo sua capacidade de absorver a radiação rapidamente.
As loções comerciais podem conter os dois tipos de agentes para aumentar a eficiência do produto.
A função primária de um bom protetor solar é absorver a radiação entre 290-320 nm e 320-400 nm, respectivamente UVB e UVA. Para realizar essa função de forma adequada é necessário que o protetor solar mantenha-se estável ao receber energia (incidência da luz solar) e dissipar essa energia absorvida sem resultar na formação de compostos secundários prejudiciais.
O padimate-O (PABA), por exemplo, perde 100%  de sua eficácia de proteção contra UVB após 20 minutos de irradiação. Algumas loções comerciais perdem 50% de sua fotoestabilidade em 2 horas, fato que afeta direatamente sua capacidade de fornecer proteção contra a radiação.
Uma das conclusões dos autores é que há indícios de que os protetores disponíveis no mercado não fazem aquilo que é divulgado em sua embalagem ou as pessoas não estão fazendo o uso correto do produto.
O consumidor deve estar atento para o fato de que a ausência vermelhidão ou queimadura de pele não significa necessariamente que o agente ativo do produto esteja efetivamente prevenindo o câncer de pele. Reaplicações constantes são necessárias.
O resumo do artigo pode ser visualizado aqui Serpone et al. (2007). Inorganic and organic UV filters: Their role and efficacy in sunscreens and suncare products.Inorganic Chimica Acta, 360(3): 794-802.
Por acaso, descobri que o artigo completo foi disponibilizado no Scribd. Antecipo que não fui o divulgador.