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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Bom dia Leitor,

Uma amiga me disse semana passada que não gosta de blogs. O motivo é simples, cada um fala o que quer e ponto. Ela está certa e me relatou que só conseguiria escrever sobre coisas pessoais e entendo isso.
Os blogs, por sua característica intrínseca, não passam pela análise crítica de pareceristas autônomos e idôneos. No passado, escrevíamos cartas, aquelas “coisinhas” que eram depositadas no interior de envelopes e precisavam de selos. Tudo isso tinha um custo financeiro e era bem mais trabalhoso de fazer. Além disso, cada carta, em geral, possuía apenas um destinatário conhecido.
De certa forma, é mais simples escrever um blog que cartas. Evidentemente, isso não é a completa verdade, pois a construção de um blog envolve a adoção de alguns hardwares, softwares e energia elétrica e pessoal (tempo, conhecimento etc).
Escrever não é para mim um campo idílico de girassóis floridos. No meu íntimo, essa tarefa mais me lembra o mar revolto do documentário francês “Oceanos”.

 

Assim, se considerarmos o blog como plano pessoal grandioso, ele, ao mesmo tempo, está fadado ao fracasso. Eu vivi o sonho da extinta Olivetti portátil elétrica; mesmo com ela, era difícil consertar um erro. Atualmente, o Word faz isso quase que por conta própria. Independentemente do número de leitores, eu gostaria que o blog tivesse objetividade e imparcialidade. Gostaria que os leitores acreditassem que me esforço para que isso aconteça e tento embasar minha opinião em fatos não risíveis. É uma sincera tentativa. Provavelmente, para a maior parte das pessoas isso é irrelevante e entendo, faz parte do processo.
A mentira está inserida na raiz humana. Somos educados para sermos mentirosos. Nascemos brutos e somos lapidados. Os adultos dizem que isso é educação. Talvez realmente seja. Ao contrário das demais espécies do planeta, nosso processo de evolução foi influenciado fortemente pela dimensão cultural. Até onde sei, nenhuma outra espécie aprecia e cultiva mentiras. Suponho que as propagandas da televisão são um exemplo disto.