domingo, 8 de abril de 2012

Minha belvedere


Boa páscoa caro Leitor,

Domingo de páscoa, sem ovo de chocolate. Dureza! Segundo Dra. Barbie, devo evitar a lactose e o glúten. Pessoalmente, acho que estou velho demais para evitar qualquer coisa que me possa fazer mal. Isso também significa nada mais de cerveja.
No atual cenário, tenho tido pouco tempo para escrever aqui. O trabalho me suga! Não que tenha havido reclamações. Meus cinco leitores não lamentaram minha ausência em rede nacional...rs.
Ahhh ... se eu fosse rico e bonitão ou no mínimo, um bom escritor! Haveria lamentações, enormes alaridos em frente as escolas, choradeira nas igrejas e quem sabe algum sacrifício humano ou não! rs
Me lembro agora de um filme do R. W. Fassbinder (lá se vai mais uma das minhas fábulas) que vi no início da década de 90, baseado na obra de Jean Genet, Querelle. Fascinado pelos filmes com efeitos especiais do cinema americano; ainda possuído pelo espírito de um jedi, me deparei com os cenários de papel de Querelle.  Contudo, havia a presença da belíssima e perfeita Jeanne Moreau. Foi a era de ouros dos VHS e das locadoras. Matava-se por um vídeo cassete com quatro cabeças e hi-fi.

sexta-feira, 30 de março de 2012

O que é inteligência?

Bom dia Leitor,

Há algum tempo tenho tentado encontrar respostas para algumas questões que me parecem relevantes. Vou citar três aqui:

(1) O que acontece após a morte caso não haja Deus? Isso pode parecer simples e uma pergunta recorrente, mas vocês já conseguiram imaginar o escuro total para sempre? Me refiro especificamente ao conhecimento do nada pela eternidade. Feche seus olhos e tente fazer isso. Quanto tempo você conseguiu manter o nada em sua mente? Você consegue visualizar o vazio e a escuridão infinita?

(2) O que é sucesso? Outra questão simples? Para mim não. E sucesso aqui não é sinônimo de felicidade, apesar de haver uma determinada ligação umbilical ou, no mínimo, uma interseção. A definição de felicidade ainda não me tentou o suficiente para que eu pensase sobre ela.

(3) O que é a inteligência humana? Provavelmente, desde que conseguiu formular a oralidade e a escrita o Homo sapiens promove debates sobre essa definição. Em 1094, Charles Spearman, pesquisador inglês, publicou um artigo sobre a determinação objetiva e mensurável da inteligência, portanto, essa discussão é travada há mais de cem anos. Para Hernández-Orallo & Dowe (2010), a definição de inteligência é relativamente simples: “inteligência é aquilo que é medido pelos testes de inteligência”.

A minha definição de inteligência é a capacidade de indivíduo alterar um cenário negativo a seu favor, não importa quando ou onde, em um ínfimo intervalo de tempo. Transformar uma situação adversa em vantagem. Escolher o mais vantajoso para si, muitas vezes, sem tempo para analisar em detalhes uma determinada situação apresentada. Portanto, a inteligência carrega um caráter temporal. Não há indivíduos inteligentes, mas existem indivíduos que estão inteligentes.

Hernandez-Orallo, J. and D. L. Dowe (2010). "Measuring universal intelligence: Towards an anytime intelligence test." Artificial Intelligence 174(18): 1508-1539.
Sperman, C. (1904) American Journal of Psychology, 15(2): 201-292

sábado, 17 de março de 2012

Ich bin ein Berliner

Boa noite Leitor,
Heute, keine Musik, kein Game...
Há algum tempo, eu penso em escrever sobre o discurso do presidente americano John F. Kennedy, feito no dia 26 de junho de 1963 em Berlin, na zona ocidental. Foram idéias que surgiram quando eu, mais uma vez, brincava de doméstica com meu aspirador super fashion.
Não tenho a pretensão de fazer uma análise crítica sobre o discurso ou a política implementada pelo presidente americano. Contudo, na década de 60, quando a luta pela sobrevivência do Homo sapiens tendia a se tornar mais acirrada, este discurso foi um marco histórico.
Em 1963, eu ainda não era metade espermatozóide, pois eles são constantemente renovados. Portanto, assim permaneci por mais alguns anos, no limbo da inexistência. Aliás, é dureza pensar que eu venci a luta pela sobrevivência e fecundei o óvulo de minha mãe. Se sou o "melhor espermatozóide", que meu pai conseguiu produzir, nem quero imaginar, o que resultaria caso meu irmão falecido, vulgarmente chamado entre nós, habitantes do papi testículos, por "o fracassado que nada vê", houvesse vencido a batalha pela fertilização.
Entretanto, podemos considerar que  J. F. Kennedy foi verdadeiramente "o cara"... não o Obama, muito menos o Lula ou qualquer outro político.
Leitores, Kennedy comeu  M&M e não me refiro aqui ao chocolate com recheio de amendoim! Consequentemente, só por isso ele deveria entrar para a história. Kennedy, em seu discurso mandou um recado claro com poucas palavras, aliás nem precisaria ter dito mais nada. Ele foi extremamente claro no universo nebuloso da guerra fria: comunistas mantenham sua foice e martelo longe destas bandas, pois aqui quem manda sou eu! Ele foi o cara na sua época...veni, vidi, vici.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Perdido na jogatina

Boa noite Leitor,

Cada vez que venho aqui, acho algo que não me agrada ou um erro gramatical...rs... dureza! Por enquanto, optei por deixar rolar e arrumar apenas o que é gravíssimo. Contudo, há uma grande probabilidade de fazer uma revisão profunda.
Por algum motivo fora do meu controle, tenho escrito ou melhor sinalizado sobre músicas. Não é intencional, acontece. Há duas postagens guardadas na forma de rascunho. Mas,  meu cucuruco é uma mixórdia no momento e acabo retornando a música.
Desta vez, é uma música de um game. As produtoras dos games entenderam a importância da música na jogatina. O vídeo de Assassin's Creed Revelation é um excelente exemplo.
Recomendo conferir também o vídeo do Wookid.

 

 

Mas, o destaque da noite é o Gran Turismo 5. Acredito que mesmo aqueles que não gostam de games, ao deslumbrar o final do Gran Turismo 5, irão ficar felizes ao viajar pela pista de Nürburgring na Alemanha. Eu nem gosto de carros ou de dirigir. Entretanto, esta pista é uma diiiilíciaaaa...curvas fechadas, retas de alta. Tudo isso em uma pista estreita. Acelerar excessivamente nas subidas significa perder o carro nas curvas acentuadas.
O mais gostoso é que o vídeo foi feito com uma câmera muito bem posicionada, na velocidade correta para você apreciar, com tranquilidade, todos os detalhes da pista. É quase uma dança lasciva, uma obra poética.
Se você tem um amigo que possua o jogo, experimente dirigir na chuva nesta pista. Se prepara Juca Bala! Ich fahre auch bis zum Ende...
E caso você se interesse pela música... estamos falando do The Smashing Pumpkins - 1979.


segunda-feira, 12 de março de 2012

Surpresas do final de semana

Boa tarde Leitor,

Próximo a completar meu centenário (falta um pouco menos de quatro meses), várias questões borbulham no meu cucuruco. Aviso antecipadamente que sempre tenho cabeça cheia de caramilholas. Uma das que me incomoda nos finais de semana, é a necessidade de cortas as unhas. Há algo mais enfadonho que cortar unhas? Gasta-se um tempo enorme em uma tarefa de pouco resultado, exceto ter-se as unhas cortadas. Um mal necessário, fundamental para a higiene e não pretendo desedificar a boa conduta! Por outro lado, encaixar os pés em um sapato com as unhas cortadas traz uma profunda sensação prazerosa. É como ter os pés flutuando no espaço infinito.
Imaginei que este final de semana, seria constituído por dias de discussões mentais inúteis à beira da piscina do clube, um cinema e programas de má qualidade na TV. Afinal, TV final de semana, especialmente, no domingo é quase certamente uma via-crúcis.
Às 22 hs do sábado, vis-à-vis à TV, tive a felicidade de assistir Spartacus no Globosat HD. Que alívio! Além de contar com a presença da deliciosa Xena, a série é bem feita, rendondinha e visceral, mesmo tendo sido penada pelo óbito prematuro do protagonista da primeira temporada. Mas, o melhor do final de semana me aguardava.
Domingo, final do dia, ao bisbilhotar os canais de minha assinatura, encontro o programa Experimente. Eu o havia visto antes, mas não tinha dado a devida e merecida atenção. Neste domingo, o programa contou com a apresentação de duas vocalistas intrigantes, Silvia Machete e Thalma de Freitas. A Thalma, eu já havia ouvido, inclusive tenho o CD.



A Silvia eu não conhecia. Foi nosso primeiro encontro. A minha impressão é que vou repetir!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Música boa

Boa tarde Leitor,

Eu não acompanho com afinco as notícias. Admito que me interesso pouco pelo cotidiano do mundo, mesmo assim não me considero um alienado.
Não me interesso pelos ganhadoras do Oscar. Penso que Hollywood adora filmes de moralidade duvidosa. Talvez, as pessoas também. Já lhes falei da essência mentirosa de nossa educação.
Faça um dramalhão romântico e pronto...rs. Lá vem o Oscar a cavalo!
Posso estar enganado, mas nenhum filme de monstros ganhou o Oscar de melhor filme até hoje...rs... e isso não quer dizer que eles não sejam bons. Alguém lembra de Hardware de 1990? Um dos melhores filmes de ficção científica que vi, com uma máquina assassina perfeita. O Exterminador do Futuro ficaria com as fraldas molhadas!
Achar esse filme em uma locadora deve ser dureza, mas vale a pena procurar chefia!

 

Este ano tivemos o Carlinhos Brown indicado para a categoria melhor música. Infelizmente, ele não ganhou. Provavelmente, ele não se importa com isso. Não irei falar sobre qualquer polêmica. Por ter apenas cinco leitores, não há como eu ser polêmico. Além disso, dificilmente, o Carlinhos estará interessado na minha opinião...rs... no que ele está certíssimo.
Eu não vi a produção Rio. Gosto de desenhos, mas aquela não era minha praia.
Alguns dias atrás, coincidentemente, eu havia separado um CD do Carlinhos, junto com outros, que considero bons.
Alfagamabetizado é um CD bom de ouvir. De fato, é um belo CD para quem gosta de música e sabe balançar as carnes (eu não sei, mas admiro quem sabe). Foi legal vê-lo cantando "A namorada" no filme Velocidade Máxima 2 (Speed 2).

segunda-feira, 5 de março de 2012

Árvore genealógica de endereços


Bom tarde Leitor, Há dois rascunhos no forno desde a semana passada. Nenhum atingiu a maturidade como deveria. Assim, permanecerão onde estão, até que eu tenha algum surto de inspiração divina para terminá-los. Acho que não há nenhum santo patrono da literatura...
Em geral, meu relato procura ser impessoal. Hoje, vou fazer uma narrativa pessoal e compartilhá-las com outrem, o bom leitor.
Na década de 70, tive a oportunidade de freqüentar uma escola singular, o Instituto Central do Povo, escola fundada por um missionário metodista americano. Situada no bairro da Gâmboa, próximo ao Centro do Rio de Janeiro e ao cais do Porto, a escola abrigava muitos alunos do Morro da Providência.
Foi uma oportunidade educacional diversa, que causou efeitos significativos na minha trajetória escolar. A escola adotava de um conceito educacional amplo, o qual era aceito pelas famílias. Aulas de piano, teatro, inglês eram comuns. O ICP foi meu oásis na infância.

 

Havia um cemitério próximo a igreja, onde eu brincava nos domingos de manhã. Sem juízo na época, uma das brincadeiras que eu mais gostava era atravessar a rua dentro do túnel da rua Rivadávia Correia, antes de chegar na escola. Eu possuía uma merendeira (em São Paulo chamam de lancheira), que continha sanduiche de pão e manteiga e refresco de groselha...rs
Esta lembrança me fez refletir sobre os sucessivos locais onde morei. De início, achei que havia habitado poucos locais. Resolvi cristalizar minhas andanças pessoais no papel. Percebi que não sou capaz de recuperar alguns endereços. Eles não se encontram mais disponíveis em minha memória, o que me deixa desapontado comigo mesmo. Eu deveria ter sido mais atento aos eventos sociais do meu mundo. Um registro adequado arquivado em uma caderneta seria o mínimo de se esperar! Em função da minha inabilidade com meu registro histórico, não imagino haver aqui uma precisão histórica, penso apenas em criar certa distração para o leitor. Com o Google maps, os que me conhecem ou não poderão vasculhar um pouco do meu passado.