Boa tarde Leitor,
Minha inspiração de escrever acabou. Sou geminiano e segurar minha atenção por mais que cinco minutos é algo laborioso; isso me atormenta. Nos últimos dias, passei a anotar os tópicos que poderiam ser trazidos ao blog. Assim, não me falta assunto, pelo contrário o cenário é fértil.
Conseqüência do trabalho, da minha preguiça, das emoções variadas ou outro fator relevante, acabei por brochar. Já fui chamado de bipolar; eu acho que sou “quadripolar”, no mínimo. A terapeuta, que me abandonou, disse que sou alexitímico. O ponto é que me falta a ereção mental angustiante mínima de alguém que deseja escrever com afinco.
A propósito, se for fazer algo na vida, o faça com afinco. Caso contrário, melhor ver TV. Engraçado um preguiçoso fazer tal comentário.
Recentemente, descobri que tenho cinco leitores. Façam as contas em porcentagem e reconheçam, eu aumentei significativamente o meu público. Ô Chiuaua! Será que isso significa uma responsabilidade maior? Acredito que não. Dos cinco leitores, quatro são pessoas amigas. Elas iriam perdoar minha extinção literária. Alguns poderiam considerar inclusive este evento uma notável contribuição para a evolução da humanidade.
De fato, em algum momento, preciso escrever sobre o processo evolutivo e a seleção natural (caso eu vença a preguiça e a falta de vontade). Uma considerável parcela das pessoas com as quais converso sobre evolução não entendeu o conceito, no contexto da Ecologia ou Biologia.
Ontem foi impossível conseguir organizar alguma idéia. Minha ansiedade era enorme. Agora qual o porquê disso? Sinceramente, não sei. Só posso considerar que os deuses pagãos arrulham idéias absurdas em meus sonhos. Pois, deus pagão que é deus voa, no mínimo.
Como vocês leitores sabem, este blog não é terapia de grupo, não é local de desabafo, não serve para me apresentar as pessoas e muito menos para ser compreendido. Também não é para ser polêmico. Eu ainda não consegui definir apropriadamente o sentido do blog ou teria compartilhado essa informação com meus leitores. Reflito com freqüência sobre isso. Por um lado, a primeira intenção seria trazer alguma informação científica relevante e de difícil acesso para muitos. Entretanto, como vocês sabem, eu escrevo sobre outros assuntos.
Ontem, hoje e, provavelmente, amanhã, estarei perdido em minha prisão, a minha mente. Até terminar de escrever esta postagem está difícil, pois algumas idéias surgiram rapidamente e em velocidade maior foram rumo ao desconhecido. Continuamente, eu me deparo com situações em que vou rumo ao desconhecido.
Por admirar aqueles que trabalham com perseverança, eu gostaria de falar sobre o senhor Júlio César de Mello e Souza, fluminense e professor do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Para alguns este nome não traz nenhuma lembrança, mas o Senhor Júlio foi responsável por um dos livros mais deliciosos que li, O homem que calculada, publicado sobre o pseudônimo de Malba Tahan. (Em breve, se a minha vontade retornar, irei falar sobre como começou meu desejo de ler). O dia 6 de maio, data do nascimento de Malba Tahan, tornou-se o dia da Matemática no Brasil.
Atualmente, o acervo de Malba Tahan está disponível no Centro de Memória da Unicamp.
Por último gostaria de agradecer a uma amiga que, graciosamente, apontou alguns erros gramaticais nas postagens anteriores. Reconheço que meu português não é o que minha mãe sonhava. Creio que esta guerra (língua portuguesa x André) está perdida.
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