quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Boa noite Leitor,

Há alguns meses atrás tivemos uma longa conversa sobre as coisas da vida; eu e meu cucuruco. Aliás, isso tem acontecido com mais frequência nos últimos meses. Ou estou com coisas entaladas, como uma pia não completamente entupida, onde a aguá busca os pouco orifícios da liberdade ou estou sendo repetitivo. Neste caso, me pareço mais com um vinil arranhado. Até nisso, tenho dúvidas. Isto é ou não um caso de curto-circuito?
Evidentemente, vocês estão cientes de que não tenho escrito. Não seria uma ausência de inspiração, como ocorrida anteriormente e, certamente, não é falta de assunto. Afinal, o mundo está copiosamente recheado de assuntos! O que não falta são pessoas querendo escrever ou dar sua opinião de forma pública sobre qualquer assunto. No meu caso, a minha impressão é que ando descrente de mim.
Drama, drama e mais drama...e se faço algo bem e com elegância é reclamar; se é que alguém pode ser elegante reclamando! Como eu gosto de um drama.
Imagino que meu amor por um drama (mas não aquele tipo que são vistos na sessão da tarde; por favor, aqueles não merecem própria sua frígida existência) seja proporcional ao meu amor por um filme de terror decente, honesto, com um ou mais monstrinhos de qualidade e um roteiro que faça algum sentido. Sim, filmes de terror, na atualidade, que possua um roteiro com um mínimo de sentido é algo muito raro. E filmes com assassinos em série com machadinhas etc não são, na minha opinião, filmes de terror.
Preciso ser realista; só me resta o enforcamento lento e trágico...rss. Um olho pendurado e escapolindo de minha órbita direta, pois este é meu melhor olho. Portanto, provavelmente, o mais saboroso. Como um de cadáver de filme de faroeste. Um cadáver que servirá de cabide para urubus.
Pensei se eu colocaria alguma música para terminar, mas hoje acho que não. Urubus sempre me lembram o filme Conan, o bárbaro.  Quem viu o filme, me entende.

Continuando...

Eu havia terminado este "post" ontem e publicado. Não havia nenhuma música no final. Contudo, hoje de manhã, lembrei do filme do Spike Lee, conhecido em português por "Mais e melhores blues". Filme de 90, com os novinhos Denzel Washington e  Wesley Snipes. Um filme saboroso; estilo bolo Chiffon da Casa da Sobremsa. Quem comeu sabe do que estou falando. Um encaixe perfeito no estômago de qualquer amante de doces, como eu.
Eu não corrijo os "post", mas acho que posso abrir um precedente em acrescentar algo. Então, vou dividir com vocês uma das músicas mais bonitas que conheço.

domingo, 30 de setembro de 2012

O trabalho em grupo

Bom dia Leitor,

Há algum tempo, eu tento encontrar na internet a entrevista que o violinista David Kim deu para um documentário sobre a Orquestra da Filadélfia. O documentário intitula-se "O significado da música". Esta entrevista e o documentário foram apresentados no canal Globosat HD da Net e está disponível no Philos Tv (vídeo) . Mais do que a música em si, o interessante, para mim, foi sentir uma conexão entre a nossa realidade cotidiana e o desenvolvimento do processo criativo de uma orquestra. Chefes, prefeitos, motoristas de ônibus, síndicos ou palestrantes de "liderança" deveriam ver e entender o que está neste vídeo. Pessoalmente, acho difícil que isso ocorra, pois seria necessário que "todos" se livrassem de conceitos profundamente sedimentados com toneladas de betão. Além disso, raramente gostamos de sermos confrontados. Há sempre um incômodo indesejado, principalmente, se tivermos que admitir que estávamos errados.

Em uma orquestra, raramente um solista é o elemento principal. O todo consegue ser, ao mesmo tempo, menor (você é contido pelo maestro e seus colegas) e maior (o concerto, resultado final) que as partes simplesmente unidas. Esta comunidade não é capaz de se estruturar pela competição, se o objetivo é uma apresentação sonora perfeita. Ao mesmo tempo, os músicos mantêm sua individualidade.

O documentário está recheado de inferências interessantes sobre o trabalho em grupo. Para aqueles que acreditam que a competição (em seu sticto sensu, seu sentido biológico delineado por Darwin e não o significado deturpado, principalmente, por economistas do início do século 19 e mantido por outros até hoje, que imaginam que competição ocorre por meio de um embate efetivo entre os indivíduos por causa de restrição de recursos) pode estruturar uma comunidade, este é um claro exemplo contrário. Para os iniciantes que desejam entender de fato os mecanismos de estruturação de uma comunidade, recomendo que leiam os livros de Stephen Gould. Uma linguagem simples para aqueles que não estão habituados a termos técnicos da Ecologia. Aproximadamente aos 26 minutos do documentário, começa a entrevista de David Kim e fica mais interessante após os 30 minutos.
Bom domingo para todos.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Caro Leitor,
Se você tem um determinado problema em mente (neste caso, não pode ser uma questão filosófica, mesmo que esta seja relevante), mas algo concreto e passível de mensuração dentro de uma determinada escala de valores, como p. ex., um problema simples: comprar (sim = 1) ou não uma bolsa (não = 0) ou algo mais significativo, complexo e com alta conectância de diferentes fatores (em comparação ao primeiro exemplo), há a possibilidade de que a análise multicritérios possa te ser útil.
Este fato deve-se a sua capacidade de sintetizar estruturas elementares ou complexas de forma coerente determinados pelo operador a partir de determinados elementos considerados chave.
Em resumo, é uma ferramenta que pretende ajudá-lo na solução de problemas distintos, principalmente nos casos em que há hierarquias e conflitos. Mesmo critérios qualitativos são transformados em quantitativos.
Um exemplo concreto poderia ser o local da construção de um novo posto de saúde pela prefeitura. A sociedade o deseja em um determinado entroncamento de ruas (xi fatores) e o executivo o quer construir em um ponto distinto (yi fatores), aplicar-se-ia a análise multicritérios, que auxiliaria os dois grupos na escolha do local mais adequado, após a construção de um diálogo entre os diferentes pontos de vista.
Evidentemente, tanto "xi" quanto "yi" necessitam ser finitos em uma determinada escala de tempo. Contudo, o operador poderá realizar uma nova análise sempre que considerar relevante.
Se no momento, a metodologia soa complicada, sua elaboração e aplicação é relativamente simples. Evidentemente, há a necessidade de coerência na definição dos critérios utilizados.
Para a elaboração da análise multicritérios recomendo que você utilize o software M-Macbeth, disponível em M-Macbeth. A literatura sobre o assunto é vasta e há um manual em portugês
Boa análise! E para relaxar...

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Não é óbvio?

Bom dia Leitor,
Esclareço que não leio meus textos mais de uma vez, exceto quando eles ainda são apenas um arquivo do word não finalizado, um rascunho ou um zigoto. Portanto, desprovidos de personalidade mais concreta. Após o nascimento, eles morrem para mim.
Como não há quatro, seis, oito ou mais mãos debruçadas sobre o que escrevo, posso inclusive cometer o pecado de repetir parte de um texto antigo. Lembre-se que sou um indivíduo centenário e, por isso mesmo, careço de uma memória mais efetiva. Mas, se me repito, imagino que isto não possa ser considerado plágio. Espero apenas não cometer gravíssimos erros gramaticais, mas há certamente alguns, mesmo que apenas de digitação.
Há algum tempo tenho tentado terminar um rascunho, mas está um pouco difícil. As idéias andam muito misturadas, outras mortas e já fedendo. E o tempo que sobra na semana está curto.
Não preste muita atenção no que eu falo, pois não sou bom exemplo de nada e nunca tive qualquer intenção de ser. Nunca se esqueça disso! Estou aqui para minha catarse. Não é a falsa modéstia atuando, é apenas um fato. As borboletas voam porque tem asas, mas as galinhas também possuem asas e o máximo que fazem é correr desesperadas atrás de milho, minhocas e outras coisas...é o destino.
As galinhas me perdoem e não é nada pessoal. Não as desmereço. Inclusive, em alguns momentos são muito saborosas. E a qualidade de sermos borboletas ou galinhas não é algo estático. Acredito que ninguém é borboleta ou galinha o tempo inteiro, podendo inclusive se tornar outro bicho simples ou algum tipo de mutante como Godzilla ou algo com pequenos ou enormes tentáculos.
Uma borboleta admirada por mim, não voou por muito tempo. Foram apenas 62 anos; Gill Scott-Heron. Se você gosta da boa música, quer apenas ouvi-la, naqueles momentos que você gostaria de ter coragem (mas não tem) de estourar teus miolos com violência e barulho, mas sem sujeira, pois alguém sempre teria limpar tua sujeira ou se sente como o Steve McQueen, após ser capturado tentando fugir com sua Triumph, na cena final do filme do filme The Great Scape de 1963 (parodiada por Maggie Simpson no episódio A Streetcar named Marge), ouça o GS-H e visite seu site ofical.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Deus olha por mim e se você não leu o texto anterior, este não fará o menor sentido.

Boa tarde Leitor,

De alguma forma, como um mistério divino, após ter acabado de colocar minha última "postagem" (detesto este nome, mas não sei um mais adequado) reclamando do sol e a possibilidade do calor retornar, Deus, em sua infinita onisciência, decidiu me abençoar com mais chuva e com a possibilidade da temperatura baixar mais um pouco.
Corri para terminar o texto antes de sair para almoçar. Obviamente, quase não consegui, pois uma montanha de coisas despencaram sobre minha mesa. Para completar, a internet saiu do ar e parecia perdida para sempre.
Nos primeiros minutos após as 12 badalas (fictícias, no estilo de E. A. Poe), terminei o texto, enviei para o blog e sai para o almoço.
Ao chegar a rua, inicialmente, acreditei que um urubu sortudo havia resolvido me batizar (há vários urubus onde estava), pois algo molhado caiu em meu braço. Contudo, eu estava enganado. Era a abençoada chuva. O sol da manhã sumiu e, neste momento, ainda chove lá fora e melhor de tudo, há relâmpagos e trovões.
Assim, posso apenas acreditar que existe uma considerável probabilidade de que o mundo não acabe em 2012, que a Xena me ame, que a Dita von Tesse sonhe comigo e que Deus olha por mim.

De volta ao mundo dos vivos

Bom dia Leitor, 
Infelizmente, não tenho tido tempo para renovar o blog. Era algo que eu sabia que iria acontecer. Mesmo a minha metodologia de gravar minhas idéias no celular não resultou em grande avanço. Mantenho o acento de idéia, pois acho que idéia sem acento é idéia de girico! Afinal, é preciso desenvolvê-las e isso custa tempo e ATP (trifosfato de adenosina = energia). Paralelamente, há meu conflito interior relacionado ao caminho que o blog deveria tomar. Totalmente técnico? Parte pessoal, parte técnico? 100% pessoal nunca foi uma opção. Afinal, para isso há o facebook. De fato, escrever em blogs, no facebook ou em qualquer local da internet é um problema. Pelo menos para mim é. Boas pessoas desistem, não porque não escrevam bem, mas devido aos problemas que seus textos trazem para seu cotidiano. Há certa responsabilidade, se você quer ter um mínimo de seriedade e há os problemas jurídicos. Suponho, ou melhor, acredito que não desejamos ser levianos. Há conflitos com amigos, com familiares.
Por ter apenas 5 leitores, decepciono poucas pessoas; isto traz um grande conforto. Não imagino que alguém vá pular de um prédio de 20 andares por minha causa. Contudo, o George Clooney possui outro impacto na sociedade, principalmente, no grupo formado por donzelas histéricas…rs.
Final de semana passado, eu imaginei que, mesmo não sendo 100% pessoal, ele, o blog, poderia ser uma diversão. Ainda não sei bem como concretizar isso. A ficha demorou para cair e não me considero lerdo. Sou apenas preguiçoso. Escrever, por exemplo, apenas relatos do meu dia a dia, sobre vídeos, notícias, situações etc, destaques da internet ou jornais, também não é meu caminho. Há milhões de pessoas escrevendo todos os dias sobre seu cotidiano e não tenho a intenção de ir por esse caminho. Vi alguns “trabalhos” interessantes, apropriados, acima das expectativas, cuidadosos, confiáveis e outros valentes. Pessoas novas, disponibilizando assuntos pessoais com postagens viscerais. Há os que querem ser jornalistas, escritores ou famosos. Não é esta minha intenção. Estou satisfeito com 5 leitores. Contudo, reforço que não estou com desejo de relatar apenas sobre seu dia a dia e minhas opiniões, muitas vezes, baseadas em poucas informações - o célebre “eu acho”. Todos acham alguma coisa sobre algo.
Como escrevi acima, por vezes, escrever um blog, periodicamente, traz como consequência o fato de termos de dar explicações sobre o conteúdo. Parece que, quanto mais íntimos somos de alguém mais precisamos explicar. Não deveria ser o contrário? rsss. Ainda mais que não faça aqui nenhuma catarse; só quero me divertir. Uma simples palavra ou frase pode ser tornar um polvo de tentáculos infinitos. Vou tomar a liberdade e repassar aqui parte de uma mensagem que escrevi para uma amiga hoje de manhã, com algumas pequenas alterações. De certa forma, a mensagem me animou para voltar ao blog.
Não estranhem, não vejo nada de contraditório aqui, pois sou geminiano. “Não estranhe minha mensagem, pois hoje estou bem desanimado. Após o lindo dia chuvoso e frio de ontem; hoje o sol apareceu, o que não me anima em nada, mesmo com o vento frio da manhã. Além disso, esqueci de trazer algo para comer e ainda são 10 hs e para completar, não me conformei ainda com minha vida sem glúten ou com pouco glúten. Me sinto um inválido. Só falta agora ficar diabético. Já sou hipertenso e ainda preciso de remédio para dormir. De fato, sou um vovôzito e nem cumpri minha missão social, se é que temos que cumprir alguma.
Para completar este cenário desolador, nunca mais houve capuccino na Miami Store (uma loja de Campinas, onde eu, periodicamente, gratuitamente, saboreava uma pequena xícara e que, por algum motivo incompreensível, resolveu parar de fornecer esta pequena iguaria). É ou não o fim do mundo?
Não seria melhor eu ter me tornado uma salsicha ou ração de cachorro ao completar 40 anos e ainda ter alguma ilusão sobre o futuro? Não é melhor terminar no ápice? Agora entendo James Jean e os gladiadores.
Provavelmente, a Dita von Tese vai assumir um caso com o Faustão ou o Pedro Bial e aí só me resta a morte lenta e dolorosa. É claro que a situação pode piorar, pois a Xena pode entrar nesta história e ficar com um dos dois.
É evidente que se a Xena e a Dita von Teese fossem minhas leitoras, eu ficaria muito feliz.
Enquanto isso não acontece, aqui rola… Massive Attack...balance suas carnes!

domingo, 8 de abril de 2012

Minha belvedere


Boa páscoa caro Leitor,

Domingo de páscoa, sem ovo de chocolate. Dureza! Segundo Dra. Barbie, devo evitar a lactose e o glúten. Pessoalmente, acho que estou velho demais para evitar qualquer coisa que me possa fazer mal. Isso também significa nada mais de cerveja.
No atual cenário, tenho tido pouco tempo para escrever aqui. O trabalho me suga! Não que tenha havido reclamações. Meus cinco leitores não lamentaram minha ausência em rede nacional...rs.
Ahhh ... se eu fosse rico e bonitão ou no mínimo, um bom escritor! Haveria lamentações, enormes alaridos em frente as escolas, choradeira nas igrejas e quem sabe algum sacrifício humano ou não! rs
Me lembro agora de um filme do R. W. Fassbinder (lá se vai mais uma das minhas fábulas) que vi no início da década de 90, baseado na obra de Jean Genet, Querelle. Fascinado pelos filmes com efeitos especiais do cinema americano; ainda possuído pelo espírito de um jedi, me deparei com os cenários de papel de Querelle.  Contudo, havia a presença da belíssima e perfeita Jeanne Moreau. Foi a era de ouros dos VHS e das locadoras. Matava-se por um vídeo cassete com quatro cabeças e hi-fi.